Morumbi

Morumbi


Estádio do Morumbi
  • Nome Oficial: Estádio Cicero Pompeu de Toledo.
  • Inauguração Parcial: 2 de outubro de 1960 (São Paulo x Sporting).
  • Inauguração Total: 25 de janeiro de 1970 (São Paulo x Porto).
  • Capacidade: 80 000 Pessoas.
  • Dimensões: 108 x 72 Metros.
  • Área Construída: 112 904 Metros quadrados.
  • Maior Lotação: 138 032 Pagantes (Corinthians x Ponte Preta).

Histórico

Apesar de ser conhecido como Estádio do Morumbi, o nome oficial do estádio do São Paulo é “Cícero Pompeu de Toledo”. Com capacidade para 80 000 pessoas, ele abriga, além dos jogos do São Paulo, clássicos do futebol paulista, finais de grandes campeonatos e também jogos da Seleção Brasileira.

No começo de sua existência, mais precisamente nos anos de 1930 à 1934, o São Paulo (na época São Paulo da Floresta) utilizava o estádio da Floresta. Logo a seguir, em 1935, o São Paulo acabou ficando sem estádio, porém, em 1940 passou a mandar seus jogos no Pacaembu e em 1944 adquiriu o Canindé, atualmente estádio da Portuguesa de Desportos.

Com o crescimento do clube, o estádio do Canindé acabou ficando insuficiente para acolher seus torcedores e assim surgiram idéias e projetos de um grande estádio.

A idéia primeiramente era construí-lo na área que abriga atualmente o Parque do Ibirapuera, na época uma região alagada. Porém Jânio Quadros, prefeito nesse período, não cedeu esta área para o clube. Com isso, o lugar escolhido foi uma área no Jardim Leonor, região do Morumbi, que era totalmente desabitada.

No mês de dezembro de 1951, a prefeitura de São Paulo doou uma parte do terreno (90 mil m²) e a outra parte (68 mil m²) foi comprada pelo São Paulo. Depois disso, Cícero Pompeu de Toledo (presidente do clube na ocasião), procurou por Laudo Natel, diretor do Banco Bradesco, propondo-lhe que assumisse a administração do clube.

No dia 15 de agosto de 1952, os terrenos foram abençoados pelo Monsenhor Bastos, dando-se o ínício da campanha pela construção do Estádio do Morumbi. Para isso foi eleita uma comissão composta pelo presidente Cícero Pompeu, Piragibe Nogueira (vice-presidente), Luís Cássio dos Santos (secretário); Amador Aguiar (tesoureiro); Altino de Castro Lima, Carlos Alberto Gomes Cardim, Luís Campos Aranha, Manoel Raymundo Paes de Almeida, Osvaldo Artur Bratke, Roberto Gomes Pedrosa, Roberto Barros Lima, Marcos Gasparian, Paulo Machado de Carvalho e Pedro França Filho Pinto.

Parte do dinheiro da venda do Estádio do Canindé (para a Portuguesa de Desportos) foi gasto com material de construção, junto também com toda a renda obtida pelo clube, deixando o time em segundo plano. As obras se iniciaram em 1953.

O grande sonho do São Paulo estava se tornando realidade. O projeto do Estádio do Morumbi foi do arquiteto Vilanova Artigas, um dos introdutores do modernismo na arquitetura Brasileira. Como todo grandioso estádio, há alguns números impressionantes: foram usadas 370 pranchas de papel vegetal para o desenvolvimento do projeto; o volume do concreto usado é equivalente a 83 edifícios de 10 andares; um córrego foi canalizado; cinco meses de escavação e terraplanagem, movimentando 340 mil metros cúbicos de terra; 280 mil sacos de cimentos, que, se colocados lado a lado, cobririam a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro; e 50 mil toneladas de ferro, que conseguiriam dar 2 voltas e meia ao redor da terra.

Em um momento da construção do estádio, a Prefeitura de São Paulo propôs uma troca ao São Paulo: a Prefeitura daria o Pacaembu em troca do Estádio do Morumbi. Laudo Natel, com o apoio de toda diretoria, recusou a proposta e continuou com o desafio de construir o maior estádio particular do mundo, após o falecimento de Cícero Pompeu de Toledo.

Depois de tantos esforços concentrados em prol da construção do maior estádio particular do mundo, o Morumbi mereceria uma grande inauguração.

A partida inaugural aconteceu no dia 2 de outubro de 1960. Um público de 56 448 pessoas (recorde de público e de renda para amistosos na época) viu o São Paulo vencer por 1 x 0 o Sporting de Lisboa (Portugal). O árbitro da partida foi Olten Aires de Abreu e o gol assinalado aos 12 minutos de jogo por Peixinho (Arnaldo Poffo Garcia): o primeiro gol da história do Morumbi.

O Sâo Paulo entrou em campo com: Poy; Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátiro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro; Téc. Flávio Costa. O Sporting jogou com: Aníbal; Lino e Hilário; Mendes, Morato e Júlio; Hugo, Faustino, Figueiredo (Fernando), Diego (Geo) e Seminário; Téc. Alfredo Gonzalez.

A inauguração total do Morumbi aconteceu no dia 25 de janeiro de 1970. O jogo foi novamente contra uma equipe portuguesa: o Futebol Clube do Porto. A partida acabou em 1 x 1. Quem abriu o placar foi o jogador Vieira Nunes, do Porto, aos 32 minutos de jogo. Três minutos depois, Minuca empatou para o São Paulo. O árbitro desta partida foi José Favilli Neto e o jogo teve um público de aproximadamente 100 000 pessoas. A partida contou também com a presença do então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, e do governador de São Paulo, Roberto de Abreu Sodré.

O São Paulo jogou com: Picasso; Édson, Jurandir, Roberto Dias e Tenente; Lourival e Gérson; Minuca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná (Claudinho); Téc. Zezé Moreira. O Porto entrou em campo com: Vaz; Acácio, Valdemar, Vieira Nunes e Sucena; Pavão e Rolando; Gomes, Chico (Seninho), Pinto (Ronaldo) e Nóbrega.

Após essa inauguração, o Estádio do Morumbi passou a ser finalmente "O maior estádio particular do Mundo". Ganhou o nome de Cícero Pompeu de Toledo, ex-jogador, dirigente e presidente do clube.

De lá para cá, o estádio sofreu diversas transformações, como: novo sistema de iluminação (desde março de 1999); setor exclusivo para deficiêntes físicos e algumas reformas necessárias para manter a segurança dos jogadores e torcedores nos jogos.